Governadores de SC Criam Consórcio da Paz Após Tragédia no RJ

Governadores Criam o “Consórcio da Paz” Após Megaoperação no Rio de Janeiro

No final da tarde do dia 30 de outubro de 2025, cinco governadores se reuniram no Palácio Guanabara, no Rio de Janeiro, para discutir a crise de segurança pública que aflige a região. O encontro ocorreu em resposta a uma megaoperação policial que resultou na morte de mais de 120 pessoas, gerando uma onda de preocupação e indignação entre as lideranças estaduais.

A Criação do Consórcio da Paz

Durante a reunião, os governadores decidiram criar um consórcio integrado, denominado “Consórcio da Paz”, com o objetivo de combater o crime organizado de forma conjunta. Este esforço visa unir recursos e estratégias entre os estados para enfrentar a crescente violência e a criminalidade que têm afetado não apenas o Rio de Janeiro, mas todo o país.

Inicialmente, dez governadores confirmaram presença, mas apenas cinco compareceram fisicamente, incluindo Cláudio Castro (PL), governador do Rio de Janeiro; Jorginho Mello (PL-SC); Ronaldo Caiado (União Brasil-GO); Romeu Zema (Novo-MG); Eduardo Riedel (Progressistas-MT); e a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (Progressistas-DF). O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), participou do encontro por videoconferência.

Preocupação com a Segurança Pública

O tema central da discussão foi a situação de segurança pública no Rio de Janeiro, que recentemente viveu um “Estágio 2” de emergência, com diversas áreas da cidade interditadas e confrontos armados em comunidades afetadas pela operação policial. Cláudio Castro expressou sua preocupação com a segurança dos cidadãos, especialmente aqueles que saem de casa para trabalhar em busca de um futuro melhor para suas famílias.

O governador do Rio de Janeiro destacou que a transparência é uma prioridade nas investigações e que o consórcio terá sua sede no estado. Ele também mencionou que em futuras reuniões, representantes de outros estados poderão ser convidados a participar do consórcio, ampliando assim a rede de colaboração.

Objetivos e Estratégias do Consórcio

O “Consórcio da Paz” visa estabelecer um modelo de cooperação entre os estados, onde experiências, soluções e ações no combate ao crime organizado poderão ser compartilhadas. O governador Castro enfatizou a importância de criar um ambiente onde as decisões sejam baseadas em aprendizados coletivos e práticas que podem ser replicadas em diferentes contextos.

O nome do consórcio foi sugerido por Jorginho Mello, governador de Santa Catarina, que também participou da reunião. Ele reforçou a importância da autonomia dos estados na abordagem das questões de segurança, ressaltando que cada estado possui realidades e desafios distintos.

Desafios e Legislação

Os governadores discutiram a necessidade de uma legislação mais robusta para enfrentar as facções criminosas, incluindo a tipificação de atos de terrorismo e ações mais incisivas contra o patrimônio financeiro do crime organizado. Jorginho Mello expressou preocupação com a expansão do crime e a necessidade de unir forças para evitar que a criminalidade se espalhe ainda mais.

A proposta é que o consórcio funcione como um espaço para o desenvolvimento de estratégias integradas que possam ser implementadas em diferentes estados. Além disso, os governadores pretendem solicitar ao governo federal um maior controle das fronteiras e recursos financeiros para equipar as forças de segurança estaduais, buscando uma resposta mais eficaz à criminalidade.

Expectativas Futuras

A criação do “Consórcio da Paz” é um passo significativo na luta contra o crime organizado no Brasil. Ao unir forças, os governadores esperam não apenas melhorar a segurança pública em suas respectivas regiões, mas também criar um modelo de colaboração que possa ser replicado em outras partes do país. A iniciativa é um reflexo da necessidade urgente de ações eficazes e coordenadas para enfrentar um problema que afeta diretamente a vida de milhões de brasileiros.