Bolsonaristas Aprofundam Crise Política em Live sobre Carlos Bolsonaro
No último dia 7 de novembro de 2025, as deputadas bolsonaristas Ana Campagnolo e Júlia Zanatta realizaram uma transmissão ao vivo para discutir a crescente divisão dentro do Partido Liberal (PL) de Santa Catarina. O foco da conversa foi a pré-candidatura de Carlos Bolsonaro ao Senado nas eleições de 2026, um movimento que tem gerado tensões e polêmicas entre os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A Transmissão e as Divergências
A live teve como objetivo expor os diferentes pontos de vista sobre a formação da chapa do partido para o Senado. As deputadas, que já foram alvo de polêmicas devido ao envolvimento com a família Bolsonaro, debateram sobre como a candidatura de Carlos pode impactar outras pretensões eleitorais, especialmente a da deputada federal Caroline de Toni, que também almeja uma vaga no Senado.
O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, já havia revelado um acordo com Jair Bolsonaro para que cada um indicasse um candidato ao Senado. Mello expressou sua preferência pelo atual senador Esperidião Amin, que busca a reeleição, sugerindo que essa escolha poderia consolidar uma aliança com o Progressistas e o União Brasil.
Impacto Político da Candidatura de Carlos Bolsonaro
A movimentação de Carlos Bolsonaro em Santa Catarina não é uma novidade, mas a sua intenção de concorrer ao Senado trouxe à tona um debate acalorado entre os apoiadores. Desde julho de 2024, quando a possibilidade de Carlos concorrer por um estado diferente do Rio de Janeiro começou a ser cogitada, a situação se tornou mais complexa.
As candidaturas de Carol de Toni e Júlia Zanatta, que até então eram consideradas possíveis, perderam força com a aproximação de Carlos ao estado. Campagnolo, que tem se posicionado em defesa de Carol, criticou a estratégia de Carlos, alegando que poderia prejudicar a candidatura da deputada.
Reações e Críticas à Live
A live se intensificou com a participação do senador Jorge Seif, que entrou para defender a candidatura de Carlos, Carol e Amin. Durante sua fala, Seif afirmou que o PL deve seguir com uma chapa pura, sustentando que a presença de Carlos nas eleições não deveria comprometer a candidatura de Carol. A troca de críticas entre Campagnolo e Seif gerou um clima tenso, culminando na saída de Campagnolo da transmissão.
Após a polêmica, Campagnolo se manifestou nas redes sociais, ressaltando que sempre esteve ao lado da família Bolsonaro e que não deveria ser chamada de “traidora” apenas por discordar de uma estratégia política. Ela enfatizou que a rixa interna poderia ter sido evitada se Carlos tivesse escolhido outro estado para concorrer.
O Que Está em Jogo para o PL em Santa Catarina
A situação atual do PL em Santa Catarina revela um cenário complicado. A disputa interna não se limita apenas aos candidatos, mas também envolve a estratégia do partido em um contexto político mais amplo. A possibilidade de aliança com o PP e a necessidade de manter a base de apoio em torno da candidatura de Jorginho Mello são preocupações que permeiam as discussões.
A tensão entre os membros do partido tem gerado reações entre diferentes entidades e líderes políticos. A Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), por exemplo, manifestou-se contrária à ideia de “importar candidatos”, reforçando a necessidade de representantes locais nas eleições.
Considerações Finais sobre a Crise no Bolsonarismo
O atual racha no bolsonarismo em Santa Catarina, evidenciado pela live, reflete um momento crítico para o PL e seus apoiadores. A falta de consenso sobre a melhor estratégia para as eleições de 2026 pode trazer consequências significativas para a continuidade da influência da família Bolsonaro na política local.
Com a candidatura de Carlos Bolsonaro em pauta e as divisões sendo cada vez mais visíveis, o futuro do PL em Santa Catarina e a estrutura do apoio à candidatura de Jorginho Mello tornam-se questões centrais que precisam ser abordadas com urgência e estratégia.