Influencer Presa por Suspeita de Gerenciar Dinheiro do PCC
No último sábado, 30 de agosto de 2025, a estudante de medicina veterinária Beatriz Leão Montibeller Borges, de apenas 25 anos, foi detida no Rio de Janeiro. Ela é suspeita de atuar como braço financeiro de uma facção criminosa vinculada ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A jovem, que se tornou conhecida nas redes sociais como a “Bela do Crime”, estava foragida desde março, quando a Polícia Civil do Paraná desencadeou uma operação contra o grupo do qual é acusada de fazer parte.
Contexto da Prisão
A prisão de Beatriz ocorreu após uma longa investigação que apontou sua suposta associação criminosa, além de envolvimento em tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Sua defesa, no entanto, alega que a jovem é inocente e que já existe um habeas corpus pendente de julgamento no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os advogados de Beatriz sustentam que ela não tem mais vínculo com o homem que a polícia identificou como líder da organização criminosa e que sua conta bancária foi utilizada por terceiros para transações financeiras.
Detalhes da Operação Policial
Segundo informações da Polícia Civil, Beatriz foi encontrada em um apartamento localizado no bairro Camorim, na zona oeste do Rio de Janeiro. O imóvel estava alugado em nome de terceiros, uma estratégia utilizada para dificultar sua localização e captura. A ação policial foi resultado de uma colaboração entre as forças de segurança do Paraná e do Rio de Janeiro, culminando em sua detenção sob um mandado judicial emitido pela Justiça do Paraná.
Acusações e Defesa
A investigação sugere que Beatriz tinha um relacionamento com o líder da facção criminosa e que, por isso, teria sido encarregada da gestão financeira do grupo. De acordo com a Polícia Civil, mesmo enquanto estavam encarcerados, os líderes da facção continuavam a comandar operações criminosas através de celulares, contando com “braços” que atuavam fora das penitenciárias para gerenciar a venda de drogas, a compra de armas e a movimentação de bens.
A defesa de Beatriz, composta pelos advogados Renato Bassi Pereira, Paulo Jean e Messias Mateus Pontes de Melo, argumenta que os elementos encontrados, como comprovantes de pagamento em um celular apreendido em uma penitenciária, não provam uma participação direta dela em atividades ilícitas, mas sim que sua conta foi utilizada para transações de terceiros.
Além disso, a defesa contesta a versão policial que afirma que Beatriz estava se escondendo em um “apartamento de luxo”. De acordo com os advogados, a jovem estava em uma hospedagem temporária obtida por meio do Airbnb, com a estadia contratada até o dia 31 de agosto.
Consequências da Prisão
Após sua detenção, Beatriz foi encaminhada ao sistema penitenciário do Rio de Janeiro. A Polícia Civil do Paraná informou que solicitará sua transferência para o estado, onde as investigações tiveram início. Natural de Bagé, no Rio Grande do Sul, Beatriz se apresenta nas redes sociais como uma residente de Curitiba, onde estuda medicina veterinária.
Vida nas Redes Sociais
Nas plataformas digitais, Beatriz compartilha conteúdo relacionado ao seu dia a dia, incluindo vídeos de danças e treinos em academias. Com mais de 16 mil seguidores no Instagram e TikTok, a estudante construiu uma imagem pública que agora contrasta com as graves acusações que enfrenta. A situação levanta questionamentos sobre a dualidade da vida de influenciadores, que muitas vezes parecem levar uma vida glamourosa, mas podem estar envolvidos em situações de extrema gravidade.
Considerações Finais
O caso de Beatriz Leão Montibeller Borges é um exemplo marcante das complexidades que cercam a atuação de influenciadores digitais e suas possíveis conexões com o crime organizado. À medida que a investigação avança, a sociedade observa atentamente como as instituições de justiça irão manejar as alegações e as evidências apresentadas. É crucial que o devido processo legal seja respeitado, garantindo que todas as partes envolvidas tenham a oportunidade de apresentar suas versões e que a verdade prevaleça.