Explosão no Tatuapé: Investigação Revela Dono de Depósito de Material Explosivo
No dia 13 de novembro de 2025, uma explosão devastadora ocorreu em um depósito de fogos de artifício localizado no Tatuapé, zona Leste de São Paulo, resultando na morte de Adir de Oliveira Mariano, de 46 anos, que era o proprietário do local. A explosão também deixou pelo menos dez pessoas feridas e causou danos significativos a imóveis vizinhos, levando à interdição de 23 residências na área.
Histórico do Proprietário e Circunstâncias do Acidente
Adir Mariano tinha um histórico criminal relacionado ao armazenamento ilegal de materiais explosivos e à soltura de balões. Ele havia alugado o imóvel onde ocorreu a explosão há aproximadamente 40 dias. Segundo a Polícia Civil, a sua identidade foi quase impossível de ser confirmada devido à condição do corpo encontrado nos escombros, que estava irreconhecível. Familiares compareceram ao Instituto Médico Legal (IML) na esperança de identificá-lo, mas não tiveram sucesso.
Impacto da Explosão e Resposta das Autoridades
A explosão aconteceu por volta das 19h40 na Rua Francisco Bueno, número 79, e provocou uma onda de choque que destruiu completamente o depósito e afetou várias casas ao redor. Entre os feridos, seis pessoas sofreram ferimentos leves, enquanto outras, incluindo uma mulher com traumatismo cranioencefálico, foram levadas para hospitais locais.
A Defesa Civil de São Paulo interditou 23 imóveis, com 12 interdições totais e 11 parciais, para garantir a segurança dos moradores. Os afetados foram acolhidos por familiares, enquanto o Corpo de Bombeiros controlou o incêndio e resgatou as vítimas. Um total de 13 viaturas e 27 bombeiros estiveram envolvidos na operação de rescaldo.
Investigação em Curso
O delegado Felipe Soares, do Corpo Especial de Repressão ao Crime Organizado (Cerco), lidera a investigação sobre as circunstâncias que levaram à explosão. Ele afirmou que a polícia está trabalhando para identificar os fornecedores de Adir e a origem do material explosivo armazenado no local. O Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE) da polícia já apreendeu os artefatos remanescentes e está analisando se se tratavam de explosivos ou dinamite.
Atualmente, a polícia investiga se Adir Mariano atuava sozinho ou se havia outras pessoas envolvidas na operação do depósito. A falta de um alvará de funcionamento para o depósito de fogos de artifício é um ponto crucial na investigação, uma vez que a legislação proíbe a armazenagem e o manuseio de explosivos em áreas residenciais. A capitã Karoline Magalhães, porta-voz do Corpo de Bombeiros, destacou que o imóvel deveria ser utilizado apenas como residência, conforme as normas de segurança.
Danos e Consequências
A explosão causou danos significativos a estruturas metálicas e veículos estacionados nas proximidades, além de levar à interdição temporária da Avenida Salim Farah Maluf durante as operações de emergência. Parte das vítimas foi encaminhada ao Hospital Nipo-Brasileiro, enquanto outras receberam atendimento em unidades de saúde próximas ou no local do incidente.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo emitiu um comunicado enfatizando os riscos associados ao armazenamento ilegal de materiais explosivos e reafirmando o compromisso das autoridades em responsabilizar os envolvidos. Um inquérito foi instaurado para apurar as circunstâncias da explosão, que foi registrada como um crime ambiental e lesão corporal.
Considerações Finais
O trágico evento no Tatuapé não só causou perda de vidas e ferimentos, mas também levantou questões importantes sobre a segurança e a regulamentação do armazenamento de materiais explosivos. As investigações em curso são vitais para garantir que situações semelhantes não voltem a ocorrer, protegendo assim a integridade da comunidade e a vida dos cidadãos.