Desaprovação do governo Lula chega a 51% aponta Genial/Quaest

Desempenho do Governo Lula em Pesquisa de Opinião

A recente pesquisa realizada pela Genial/Quaest revelou que a desaprovação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva alcançou 51% em setembro de 2025. Em contrapartida, 46% dos entrevistados aprovaram a gestão atual. Esses números permanecem estáveis em relação ao mês anterior, indicando uma continuidade na percepção pública sobre o governo. Além disso, 3% dos participantes não souberam ou não responderam à pergunta.

Avaliação da Gestão

Ao analisar a avaliação do trabalho de Lula, os dados mostram que 38% dos entrevistados consideram sua administração negativa, uma leve diminuição em relação aos 39% registrados anteriormente. Por outro lado, 31% avaliam seu governo como positivo, mantendo a mesma porcentagem da pesquisa anterior. A classificação como regular subiu de 27% para 28%. Os dados indicam uma estabilidade nas percepções, com 3% dos entrevistados optando por não se pronunciar.

Metodologia da Pesquisa

A pesquisa foi conduzida entre os dias 12 e 14 de setembro de 2025, com um total de 2.004 entrevistados, todos com 16 anos ou mais. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%, o que confere credibilidade aos resultados obtidos.

Percepções sobre Tarifas Americanas

Outro ponto abordado na pesquisa foi a opinião dos entrevistados sobre as tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre as exportações brasileiras. Um expressivo 73% dos participantes acredita que a decisão do presidente americano, Donald Trump, está errada, especialmente devido à percepção de que há uma perseguição política a Jair Bolsonaro no Brasil. Apenas 20% consideram que Trump está certo nessa questão.

Quando questionados sobre qual lado está correto no embate sobre as tarifas, 49% dos entrevistados apoiaram Lula e o PT, enquanto 27% se posicionaram a favor de Bolsonaro e seus aliados. Em agosto, os números eram de 48% a 28%, indicando uma ligeira tendência de apoio ao governo Lula nas últimas semanas.

Adicionalmente, 15% dos entrevistados afirmaram que nenhum dos lados está certo, e 9% não souberam ou não responderam à pergunta. Uma clara maioria, 74%, expressou que acredita que as tarifas afetarão negativamente suas vidas, embora esse número tenha diminuído em relação ao mês anterior, quando 77% expressaram a mesma preocupação. Apenas 23% dos participantes acreditam que não sofrerão prejuízos, com 3% sem uma opinião formada.

Impacto Econômico e Emprego

Na esfera econômica, as percepções sobre os preços dos alimentos permanecem praticamente inalteradas. A pesquisa mostrou que 61% dos entrevistados acreditam que os preços subiram, enquanto 20% afirmaram que permaneceram iguais e 18% notaram uma queda nos preços. Esses números são muito semelhantes aos da pesquisa anterior, que registrou 60%, 20% e 18%, respectivamente.

Um dado interessante é o aumento na porcentagem de eleitores que acreditam que está mais fácil encontrar emprego atualmente em comparação com um ano atrás. Essa percepção aumentou de 34% em agosto para 41% em setembro. Por outro lado, 49% dos entrevistados consideram que conseguir emprego está mais difícil, uma queda em relação aos 55% do mês anterior. Apenas 4% acharam que as condições permaneceram as mesmas.

Taxa de Desemprego

Conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no Brasil é de 5,6%, o menor índice registrado desde o início da série histórica em 2012. Isso pode influenciar positivamente a percepção da população em relação à economia e ao mercado de trabalho.

No geral, 48% dos entrevistados afirmaram que a economia piorou nos últimos 12 meses, uma pequena diminuição em relação aos 46% registrados anteriormente. Por outro lado, 29% afirmaram que a situação econômica permaneceu a mesma, enquanto 21% acreditam que a economia melhorou, um aumento em relação aos 22% da pesquisa anterior.

Conclusão

Esses dados revelam um panorama complexo e dinâmico em relação à percepção pública sobre o governo Lula. Embora a desaprovação continue alta, a estabilidade nas porcentagens sugere que os desafios enfrentados pelo governo ainda não resultaram em mudanças drásticas na opinião pública. A interação entre fatores econômicos e a percepção sobre tarifas internacionais pode continuar a moldar o cenário político no Brasil nos próximos meses.